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Subject: {ASSM} Clara e Rita - Capitulo 2 (f-solo petting)
Date: Fri,  4 May 2001 08:10:02 -0400
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X-Moderator-ID: gill-bates, dennyw, RuiJorge

Clara e Rita
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Capítulo 2

Na manhã seguinte, tanto Clara quanto Rita acordaram mais
bem-dispostas que de costume, graças aos orgasmos, e ansiosas
para contarem uma à outra o que fizeram de noite. A oportunidade
chegou quando chegou a hora do recreio no colégio onde elas
estudavam (segundo ano da Escola Normal, de manhã).

Clara e Rita se afastaram das colegas e, num canto isolado do
pátio, longe de olhares e ouvidos curiosos, as duas sentaram-se
num banco e conversaram.

- Como passou a noite, Clara?

- Bem, amiga, muito bem, mas acho melhor não falar dessas coisas
assim, em público.

- O que?

- Eu fiz de novo.

Rita adivinhou o que era. - Mesmo?

- Mesmo, de tarde eu te conto. E você?

- Eu tomei coragem, e fiz também.

- Também? Conta!

- É melhor não, não aqui, você sabe.

Clara fez um muxoxo de frustração.

- Mas eu te posso contar uma coisa: enquanto eu "fazia" isso,
pensei em você. Queria tanto que você estivesse junto comigo,
queria que me beijasse!

- Verdade, Rita? Você queria mesmo me beijar?

- Na hora, sim, veja. - Enrolou a manga do braço esquerdo,
revelando uma vermelhidão num lugar do antebraço. - Foi minha
boca. - Desenrolou a manga.

Clara, surpresa, ponderou um instante e arriscou:

- Você ainda quer me beijar, Rita?

Longa pausa de Rita, hesitante.

- Quero.

Rita tentou rir, mas não conseguiu, a pergunta era séria demais.
Só conseguiu sorrir carinhosamente, olhando bem no fundo dos
olhos de Clara, que já sorria da mesma forma para ela.

- Eu também. - Revelou Clara, sem desviar o olhar.

Clara aproximou seu rosto do de Rita para beijá-la; acabaram
tocando os narizes. As duas viraram suas cabeças, de modo que
puderam tocar os lábios uma da outra. Um ósculo, outro, e as duas
abraçaram-se e colaram de vez os lábios, de boca fechada, porque
não se aventuravam a fazê-lo de boca aberta. Assim ficaram, se
beijando e abraçando, por alguns minutos.

De repente, ouviram um ruído próximo. Passos. "Viram a gente!",
pensaram. As duas se voltaram e viram Betânia, colega delas,
conhecida como a "carola da escola", pelo seu ar de santinha.
Betânia estava olhando para elas, de olhos esbugalhados e de mãos
postas.

Clara pensou rápido: "Estamos perdidas de qualquer forma se ela
falar, mas pelo menos vou tentar evitar que ela me chantageie." E
tomou a iniciativa.

- O que você está fazendo aqui, Betânia? - perguntou Clara, muito
senhora de si. Betânia gaguejou.

- Eu, eu... estava passando e...

- Veio para cá. Bem. Está assustada por quê, colega?

- Vocês estavam se beijando!

- E daí, duas amigas não podem se beijar?

- Mas na boca!...

- Problema nosso.

- Mas é pecado!

- É? E daí? - Clara estava tremendo nas bases por dentro, mas
segurou as aparências.

- Eu vou contar para o diretor! - Betânia tentou ameaçar.

- Você não vai contar nada do que viu aqui a ninguém.

- Ah, é? Por que? - Betânia assumiu posição de pouco caso.

- Você não quer pecar, não é?

Negativa muda.

- Eu e Rita sabemos do seu passado de santinha, absolutamente sem
pecado. Pois bem, se você soltar um pio sobre o que viu, nós
vamos pegar você, tirar sua roupa, e te beijar, não só na boca,
mas no corpo todo, inclusive nos lugares mais escondidos!

Betânia tremeu feito vara verde. As palavras e o tom ameaçador de
Clara estavam fazendo efeito.

- É um pecado beeem grande, não, Betânia?

- Não!

Rita acrescentou, no mesmo tom de ameaça:

- E vamos te deixar marcas, morder até tirar sangue! - Mostrou os
dentes, para maior efeito.

Clara e Rita levantaram-se, dando um passo na direção de Betânia.
Esta tentou recuar, mas seu corpo não lhe obedecia. Clara
continuou a ameaçar:

- E depois vamos falar para todo mundo, vamos dizer que você
gostou!

- Não, por favor, não!

- Aí acaba sua carreira de santinha, você vai ficar falada!

Betânia começou a choramingar e balbuciar de medo.

- Vai se desgraçar! Todo mundo vai pensar: "Se duas mulheres
fizeram isso com ela, o que será que os homens já fizeram com
ela?"

A essa altura, Betânia já tinha caído de joelhos no chão,
chorando abertamente. Clara deixou passar alguns segundos,
abaixou-se junto dela e, com jeito de falsa boazinha, falou:

- É claro que existe um jeito de te poupar toda essa humilhação.

- (snif) Qualquer coisa!

- Ótimo. Queremos que voê seja uma boa menina e não fale a
ninguém sobre o que você viu ou ouviu aqui, combinado?

Betânia fez que sim, sem poder falar por causa das lágrimas.

- Se perguntarem por que você andou chorando, invente um motivo
qualquer, mas não dê pistas, hein?

Fez que sim de novo.

- Agora limpe o rosto e saia daqui. Já! - comandou Clara.

Betânia saiu correndo, ainda chorando. Quando ela já estava fora
de alcance, Clara e Rita puderam relaxar.

- Ufa!

- Foi por um triz!

- Acho que ela não abre mais a boca sobre isso, Rita.

- Graças a você, Clara! Se não fosse você assustá-la daquele
jeito, nós estaríamos perdidas! Como você reagiu tão rápido?

- Logo que eu a vi, achei que ela podia falar para alguém. Então,
eu tinha que tentar virar a mesa.

- Ameaçando beijá-la. - disse Rita.

- E você, de mordê-la. - completou Clara.

As duas riram a valer. Quando pararam, Rita arrematou:

- Ela só fugiu porque não sabe como é bom beijar.

Abraçaram-se e se beijaram mais um pouco. De repente,
"TTTTRRRRRRRIIIIMMMMMM!!!!!!". A sineta do colégio anunciava o
fim do recreio. Clara e Rita voltaram apressadamente à sala de
aula, combinando de se verem na casa de Rita mais tarde.

Clara e Rita saíram juntas do colégio, tomaram o lotação juntas,
conversaram muito e riram muito, como é prórprio das moças nessa
idade. Desceram do lotação, já perto de suas casas. Quando
estavam por se separar, Rita confessou:

- Clara, eu... queria tanto te beijar.

- Aqui? Assim, à vista de todo mundo?

- Sim, queria.

- Mas não podemos! Vamos nos ver logo em sua casa, né? Calma,
amiga, eu não demoro.

Abraçaram-se forte, apertada e longamente, uma mão de Clara quase
tocando a bunda de Rita; esta crispando as mãos como se quisesse
pegar mais das costas de Clara; as cabeças lado a lado meneando,
como se estivessem beijando; olhos fechados, uma confiando
inteiramente na outra.

Tão longo foi o abraço, que uma velhinha que vinha passando
perguntou:

- Meninas, o que houve? Algo errado?

As duas viraram-se, surpresas. Clara falou:

- Não, nada, dona Genoveva, está tudo bem!

Quer ela tenha acreditado, quer não, dona Genoveva despediu-se -
"Está bem, cuidem-se, crianças!" - e foi embora. Tão logo ela
estava fora de alcance, Clara e Rita suspiraram aliviadas.

- Rita, você é doida de me abraçar assim.

- Somos duas, então.

Riram-se a valer, e quando pararam estavam com os olhos postos
uma na outra. Era hora de se separarem, ao menos por agora.

- Nos vemos em sua casa, então. Tchau.

- Tchau.

Cada uma foi para sua própria casa.

****************

Mais tarde, depois do almoço, Clara foi visitar Rita. Aqui cabe
uma palavra de explicação: graças às boas relações entre as
famílias das duas, as nossas amigas se visitam com frequência,
algumas vezes por semana, e sempre são bem recebidas pelas
famílias uma da outra, de modo que elas podem ficar bastante
tempo juntas sem causar desconficança. Mas voltemos a Clara, que
acabou de se trancar no quarto com Rita.

As duas se abraçaram e beijaram, primeiro no rosto, depois na
boca. Clara falou primeiro:

- Me conte, Rita, o que aconteceu com você esta noite? Você mexeu
no seu "botãozinho de rosa"?

- Isso!

- E sentiu a mesma coisa que eu!

- Senti! Senti!

As duas gritaram de alegria e se abraçaram.

- Me conta como foi, Rita, conta tudo!

- Conto, mas antes você me conta como foi sua noite.

- Tá. Eu tive o mesmo sonho, de novo! Só que, quando acordei,
tirei a roupa, deixei as mãos no lugar, e mexi no meu "botãozinho
de rosa". E aconteceu!

- De novo! Você desmaiou desta vez?

- Não, mas fiquei tão mole que nem me mexia. Acabei dormindo.

- Foi assim rápido, você tocou o "botãozinho" e aconteceu?

- Não, boba, demorou mais! Fiquei esfregando meu "botãozinho" e
meus seios por um bom tempo, 10, 20 minutos, não olhei o relógio.

16 minutos e 08 segundos.

- Eu também não, mas acho que comigo demorou mais para acontecer
do que com você.

29 minutos e 42 segundos.

- Rita, você TEM que me mostrar como você fez!

Rita tirou a blusa, expondo o sutiã branquinho.

- Você também TEM que me mostrar.

Em instantes, estavam as duas nuas, sem hesitação nem vergonha.
Subiram na cama, ajoelharam-se uma diante da outra, e começaram a
se masturbar, uma olhando o jeito de agir da outra.

Os minutos foram passando...

Clara e Rita se masturbavam a valer, joelhos abertos para uma ver
o sexo da outra, as duas ofegantes e suando. Mas Rita queria mais
do que ver Clara; queria tocá-la, beijá-la, e sem ter noção
ainda, queria amá-la. Falou:

- Clara, vem pra junto de mim!

Clara avançou, de joelhos, até colar na frente de Rita. Ato
contínuo, beijaram-se e as mão não ocupadas no próprio sexo
abraçaram a amiga.

Inevitavelmente, as mãos de Clara e Rita, que masturbavam seus
próprios sexos, ficaram sem espaço. Quando Rita moveu a mão para
um lado, a mão de Clara entrou em seu lugar. As duas pararam por
um instante, surpresas; Clara virou a mão e passou a masturbar
Rita, que sorriu e pôs-se a masturbar Clara. As duas riram da
nova idéia e beijaram-se na boca.

Os minutos continuaram passando. As duas, ficando cansadas de
ficar de joelhos, foram deitando até ficarem deitadas de lado,
sem perderem contato com a vulva uma da outra. Clara gozou pouco
depois disso, sacudindo-se com força e gemendo alto. Tão logo
voltou à terra, pediu para Rita parar, o clitóris estava sensível
demais.

Clara concentrou-se, então, em Rita, masturbando-a ao mesmo tempo
que lhe beijava a boca, o colo, e os seios, grandes e fofos.
Minutos depois, o corpo de Rita foi tensionando, contraindo, e de
um momento para outro o orgasmo abateu-se sobre ela, ela falando
sons inarticulados, e se soltando, relaxando, a voz se calando,
Clara a deixando ficar deitada na cama, Rita se deixando ficar,
sorrindo e fechando os olhos.

Clara se deitou de lado junto a Rita e pôs o braço livre sobre
ela.

- Obrigada, Rita! Obrigada por essa coisa tão boa que nós fizemos
juntas, obrigada... - E sorria, com os olhos rasos de lágrimas.

O sorriso de Rita ficou mais brilhante, e a angústia boa da
paixão tomou conta de sua voz:

- Obrigada a você, Clara, eu te quero tão bem, me abraça, isso!,
eu te quero, eu te amo!

- Eu também te amo!

As duas choraram de felicidade, agarradas uma na outra.

****************

Bem mais tarde, depois de chorarem e botarem todas as emoções
para fora, Clara e Rita conversava, sentadas sobre a cama.

- ... e como você se sentiu, Rita?

- Como se sente alguém que de repente está no Paraíso? Eu me
senti assim, até voltar para a Terra.

- Comigo, foi como se tudo sumisse, e eu estivesse flutuando no
nada, um alívio, uma tranquilidade... E depois que retornei do
"nada", você estava comigo, me segurando pela mão!

- E você também. Foi tão bom, podemos fazer de novo, um outro
dia?

- Claro que podemos! Meu Deus, nunca imaginei sentir tanto prazer
na minha vida!

- Ai, que bom!

Rita abraçou Clara alegremente. Clara sorriu, e pensou alto:

- Sabe, Rita? Acho que isso que nós fizemos e sentimos, que é tão
bom, deve ter um nome.

- Também acho, mas qual será?

- Também não sei, mas hei de descobrir.

- De que jeito? Não podemos contar para nossos pais...

- Hummm... Acho que vou perguntar ao dr. Alonso, nosso médico de
família.

- Mas ele pode contar aos seus pais, e aos meus também!

- Quanto a você, não se preocupe, só vou falar de mim. E o dr.
Alonso costuma guardar segredos muito bem, ao menos os meus. Só
falta um jeito de chamar o doutor sem dar na vista.

- Fácil, finja ficar doente!

- Como?

- Assim, ó: ...

E Clara e Rita combinaram os detalhes e o momento da "doença" de
Clara, ali mesmo; ao voltar para casa, Clara sabia exatamente o
que fazer.

****************

Dois dias depis, era chegado o momento. Ao acordar, Clara fingiu
estar muito mal, com cólicas; tão bem atuou que o dr. Alonso foi
chamado imediatamente.

Uma vez no quarto de Clara, dr. Alonso procedeu aos exames de
rotina, nada encontrando de errado. Ele diagnosticou:

- Mocinha, você não tem nada. Por que você fingiu estar doente?
Que brincadeira é essa?

- Desculpe, doutor, não foi uma brincadeira. Eu preciso de alguns
conselhos, que acho que o senhor, como médico, pode me dar; mas
não quero que meus pais saibam. É algo bastante íntimo.

- Hum. Fale, sou todo ouvidos.

Clara, então, descreveu o sonho recorrente dela, e as sessões de
masturbação a partir daí. Quando terminou de falar, dr. Alonso
limpou a garganta, respirou fundo e definiu:

- O que você tem feito nos últimos dias, e que você diz que lhe
dá... prazer intenso, digamos, chama-se onanismo ou masturbação.
Na literatura médica do meu tempo, masturbar-se não era
considerado saudável, mas ouvi dizer que há avanços na pesquisa
dessa área que desmentem as teorias antigas, e com certa razão.
Por isso, vou lhe recomendar uma visita a um ginecologista amigo
meu, dr. Floresta, que por sua especialidade é mais capacitado a
dar o tipo de conselho de que você precisa.

- E o prazer maravilhoso que eu sinto quando me... masturbo,
doutor? - Clara ainda estava se acostumando à nova palavra. -
Como se chama?

- Se eu entendi bem sua descrição, trata-se de um orgasmo, comum
em homens, mas bastante raro em mulheres.

Com esta frase, a curiosidade de Clara acendeu-se como um farol.

- Homens também têm orgasmo?! Eles também se masturbam? Como eles
fazem?

- Sim e sim, mas eu não posso responder à última pergunta, é algo
muito íntimo... e constrangedor. Agora basta desse assunto, a
consulta está terminada.

Clara, meio frustrada, assentiu com a cabeça.

- Não se preocupe, não vou contar nada a seus pais.

Pouco depois, dr. Alonso convenceu facilmente os pais de Clara de
que ele a tinha feito melhorar, mas que mesmo assim seria melhor
levá-la ao ginecologista para mais exames. Sebastião e Anabela,
os pais de Clara, ficaram espantados, escandalizados e
envergonhados de saber que a filha precisava fazer um exame tão
íntimo. Mesmo hoje em dia, muitas mulheres não vão ao
ginecologista por vergonha, que dirá em 1950?

Por precaução dos pais, Clara não foi ao colégio nesse dia; de
tarde, Rita foi visitá-la. Uma vez no quarto, Rita falou:

- Olá, Clarinha! Já está se "sentindo melhor"?

Clara pôs o dedo na frente da boca, em sinal de silêncio, e
respondeu:

- Estou ótima, o dr. Alonso me passou um remédio e eu melhorei. -
acrescentou, baixinho: - Fale mais baixo, aqui as paredes têm
ouvidos!

Rita retrucou, no mesmo tom:

- Bem diferente do meu quarto, às vezes eu grito e ninguém
ouve... Mas me conte, Clara, o que você soube pelo dr. Alonso?

Clara contou tudo que o médico lhe dissera. As duas chegaram à
conclusão óbvia de que masturbação tem a ver com sexo, mas, por
mais que tentassem, não conseguiam imaginar como um homem se
masturbava; a única coisa de que elas tinham ouvido falar - pelas
colegas - sobre genitais masculinos era de um órgão, roliço,
enooorme dentro das calças. Numa palavra, não sabiam nada.

Depois de algum tempo conversando, Rita foi embora, com Clara
prometendo visitá-la no dia seguinte à ida ao ginecologista.

****************

Pouco mais de uma semana se passou, e chegou o dia em que Clara
teria de ir ao ginecologista.

Encontramos Clara, ladeada por Sebastião e Anabela, sentados num
banco da sala de espera do consultório do dr. Daniel Floresta,
ginecologista; dentro do consultório, sendo atendida, uma
paciente que nenhum dos três havia visto ainda. Não havia mais
ninguém, além dos três, na sala de espera.

Os três estavam ansiosos por causa da consulta: Sebastião e
Anabela, porque não sabiam o que o médico iria fazer da filha
deles; Clara, por estar curiosa a respeito do que o médico lhe
diria.

Depois de longos minutos de espera, a porta do consultório se
abriu de repente, e por ela saiu uma jovem, fortemente maquiada,
com um vestido preto, de couro, colado no corpo e curto até o
meio das coxas, e saltos altos. A jovem estava furiosa com o
médico:

- Se o senhor não faz aborto com quatro meses, eu tenho quem
faça! Passar bem!

E jogou violentamente a porta, fechando-a. Ao voltar-se para
sair, encarou as três pessoas na sala de espera, todos espantados
com sua atitude:

- E vocês, o que estão olhando? Eu tiro filho quando quiser, este
é o terceiro, e ninguém quer foder mulher de barrigão! Adeus!

E foi embora depressa, batendo de raiva a porta de saída.

Sebastião, Anabela e Clara reagiram, exteriormente, da mesma
forma: ficaram os três com expressões de espanto no rosto, e
estáticos sobre o banco em que estavam sentados. Só que, em cada
um, a mesma reação teve um motivo diferente:

Anabela, por ter notado que a mulher era uma prostituta, e por
estar espantada com aquela atitude violenta.

Sebastião, por ter reconhecido a mulher - ele se utilizara dela
há quase um ano - e por medo que Anabela desconfiasse de algo.

E Clara, por estranheza em relação às roupas e maquiagem - Clara
não sabia o que era uma prostituta, nem como reconhecer uma - por
medo pela atitude da mulher, e curiosidade por duas palavras que
esta dissera: "aborto" e "foder", que Clara nunca ouvira.

Mantiveram-se os três num silêncio tenso, por longos instantes,
silêncio que só foi rompido pelo dr. Floresta, o qual abriu a
porta do consultório e falou:

- Senhorita Clara?

- Sou eu.

Clara levantou-se.

- Seus pais?

Resposta afirmativa de ambos.

- Prefere que eles fiquem com você durante a consulta?

- Não, prefiro ir sozinha.

Anabela tentou protestar, mas o médico respondeu, gentilmente:

- Minha senhora, por favor, respeite a vontade de sua filha. Ela
tem direito a intimidade nos seus exames. - Os pais de Clara
concordaram. - A consulta, mais os exames, deverão demorar mais
ou menos uma hora. Pode entrar, Clara.

Clara entrou, e dr. Floresta fechou a porta. Sentaram-se à mesa,
e o ginecologista começou a falar.

- Bom, Clara, como você já sabe, sou o dr. Floresta,
ginecologista. Quem te recomendou a mim foi o dr. Alonso, certo?

- Sim.

- Ele me falou sobre você, e das perguntas que você fez a ele.

- Ele...

- Não se preocupe, seus pais não vão saber. Suas perguntas sobre
masturbação e orgasmo são bem comuns nas pacientes que vêm aqui.

Clara soltou um suspiro de alívio.

- Você confia em mim, Clara?

- Confio.

- Bom...

E dr. Floresta pôs-se a fazer a Clara as perguntas e exames
comuns de uma consulta. Depois disso,

- Bem, Clara, agora vamos fazer o exame que mais importa nesta
consulta: o exame ginecológico. Por favor, vá para trás daquele
biombo, tire toda a roupa, e se sente nesta cadeira. - dr.
Floresta mostrou a cadeira de exame ginecológico.

- Toda, doutor?

- Toda. O exame consiste em avaliar o estado de saúde dos seus
órgãos genitais. Daí tirar tudo, entendeu?

Clara corou, repondeu que sim, foi para trás do biombo e começou
a se despir.

/- Exame estranho esse, sem roupa!

Dez minutos depois, Clara estava sendo ajudada pelo médico a
sentar na cadeira. Cabeça recostada, coxas abertas e joelhos nos
apoios altos da cadeira. Clara estava envergonhadíssima.

- Doutor, é mesmo necessário eu ficar assim?

- É. - Foi colocando luvas de borracha. - Só nessa posição eu
posso observar com clareza seus genitais.

- Mas doutor, eu nunca fiquei assim, nua, na frente de um homem!

- Para tudo há uma primeira vez na vida. E você não tem nada de
que se envergonhar: esse aí é o corpo que Deus te deu, e a obra
dEle nunca é motivo de vergonha.

Clara parou para pensar no que o médico acabara de dizer, e com
isso relaxou um pouco.

Dr. Floresta sentou-se numa cadeira, de modo que seu rosto ficou
em nível com a vulva exposta de Clara. Começou a examinar
gentilmente; abriu e observou a forma e o aspecto dos grandes e
pequenos lábios, tocou de leve e observou o clitóris, enfiou
metade de um dedo na vagina, usou uma lanterna para avaliar o
interior do canal vaginal, e mais uma série de outros pequenos
testes.

Após uns dez minutos de observação paciente, dr. Floresta deu seu
veredito:

- Senhorita Clara, do ponto de vista clínico você é perfeitamente
saudável. A presença do hímen indica que você ainda é virgem.

Levantou-se.

- E, espero que não seja um elogio indelicado, a senhorita é
bonita e cheira muito bem.

Clara ficou chocada.

- Doutor!?

- Por favor, não se ofenda! Eu explico: são poucas as mulheres
que fazem uma higiene íntima adequada, e você é uma delas; notei
que você tomou banho há pouco tempo, provavelmente esta manhã.

Clara, espantada, reconheceu que era verdade, sem dizer palavra.

- E toda mulher limpa e asseada cheira naturalmente bem; isso é
algo que agrada a todo marido de bom gosto na hora de fazer sexo.

- Marido? O que marido tem a ver com meu cheiro? Não estou
entendendo nada! - perguntou Clara, cada vez mais confusa.

- Oh, mil desculpas, Clara, eu deveria ter explicado algumas
coisas antes; eu pus o carro adiante dos bois. Vou ajudá-la a
sair dessa cadeira, depois você se veste e eu te explico tudo.

Com ajuda, Clara pôs-se de pé.

- Quero saber agora!

- Sem roupa mesmo? - pausa rápida - Pois bem, sente-se.

Clara se sentou, nua como estava, e esperou o médico falar. Ele
falou, por alguns minutos, da convivência íntima de um casal:
mesma cama, nudez, hábitos próprios de cada cônjuge.

- Mas, não menos importante que isso, a vida sexual do casal.

- Vida sexual?

- Sim. Para ter filhos, ou simplesmente por prazer, homem e
mulher copulam, ou se quiser outros nomes, realizam o coito, o
ato sexual, ou, como diz o povo, fazem sexo. O sexo, em geral, é
feito com homem e mulher nus, e juntos um ao outro, de modo que,
se um cheira mal, o outro se desagrada. Daí a importância da
higiene.

- E como é que... se faz sexo?

- Em vez de explicar tudo com palavras, vou usar umas gravuras
bastante ilustrativas. - Procurou nas gavetas da mesa, até achar
uma pequena pilha de gravuras, realistas e muito bem trabalhadas,
de um homem e uma mulher se despindo, fazendo sexo tipo
"papai-e-mamãe" numa cama, descansando após a transa e se
vestindo; umas 35 gravuras, ao todo.

Dr. Floresta mostrou as gravuras a Clara, uma a uma, explicando o
que é e como funciona um pênis, a mecânica básica do coito -
entrar e sair, o que são ereção, ejaculação, e como acontecem, e
como ocorre uma gravidez. A pedido de Clara, ele também explicou
como um homem se masturba.

Ao terminar a série de gravuras, tanto Clara quanto dr. Floresta
estavam muito excitados com as figuras, e o médico estava fazendo
o possível para se controlar e não violentar aquela beldade
despida inocentemente diante dele. Levantou-se de repente.

- Clara, por favor, vista-se.

- ?

- Com licença, eu... vou ao banheiro. Por favor, vista-se.

Dr. Floresta foi correndo ao lavatório anexo ao consultório,
trancou-se e, em desespero de causa, bateu uma punheta, que em
três minutos o aliviou. Mais dois minutos para voltar ao normal,
e ele saiu do lavatório, enontrando uma cena que quase o fez
gozar de novo: Clara, de calcinha e sutiã, a mão dentro da
calcinha num movimento indisfarçável: ela estava se masturbando.
Clara, vendo-se pega no ato, balbuciou um pedido de desculpas,
sem nenhuma convicção.

Rapidamente refeito do susto, dr. Floresta notou que não poderia
fazê-la parar; então, tentou outra tática.

- Não precisa se desculpar, você estava mesmo precisando disso.
Quer que ajude?

- Ajudar? [arf] Como?

- Tire a calça. Isso. Agora, senta mais na ponta e abre bem as
coxas.

Dr. Floresta ajoelhou-se diante de Clara e, com as suas mãos bem
treinadas pela prática constante, masturbou Clara até ela gozar,
o que demorou menos de dez minutos. Logo após, o médico se
levantou, sentou melhor Clara na cadeira, sentou-se na dele
próprio e esperou Clara recuperar-se de seu orgasmo.

Passaram-se quinze minutos. Clara, já quase toda vestida, pediu
desculpas ao dr. Floresta.

- Me desculpe, doutor, eu não sei o que deu em mim, para agir
dessa maneira com o senhor!

- Desculpas aceitas; não é a primeira vez que uma paciente perde
o controle, se masturbando ou tentando me forçar a fazer sexo, se
bem que o contrário é muito mais comum.

- Como assim, o contrário?

- Mulheres que nem sabem o que é fazer sexo ou se masturbar. Em
geral, senhoras casadas, com filhos, e que jamais tiveram um
orgasmo ou qualquer forma de prazer sexual, que servem apenas
como um receptáculo de sêmen para seus maridos. Eu lamento que a
maioria das mulheres seja assim; nunca vão saber o que estão
perdendo.

- Quer dizer que não é normal ter orgasmos?

- Não, quero dizer que o normal é tê-los, mas a maioria das
mulheres não sabe como tê-los. Você é uma privilegiada, Clara. A
propósito, como você aprendeu a se masturbar?

Clara respondeu, e sem querer citou Rita.

- Essa sua amiga, Rita, também se masturba?

- S...sim.

- Hum. Isso explica tamanho sigilo para vir aqui. - pausa rápida.
- Diga-me, Clara, você gosta de homens?

- Gosto, tem uns garotos bonitos na rua, dá gosto de vê-los
jogando bola. Mas bonito mesmo é o meu pai; gosto tanto dele que,
se pudesse, casaria com ele só para poder ficar sempre junto
dele. E ele sabe disso.

Dr. Floresta pensou: "Bem, lésbica ela não é. Melhor assim."

- Você já teve namorados?

- Dois, chegamos a ficar de mãos dadas na rua.

- E o que foi feito deles?

- Um me trocou por outra; o outro, eu larguei, era fraco e
medroso.

Dr. Floresta, então, diagnosticou:

- Clara, pelo que vi e você me contou, você é uma moça
perfeitamente sadia, do ponto de vista sexual. Tão sadia que é
melhor que eu te previna, para que você dê um "mau passo". Eu vou
te passar uma receita, não de remédios, mas de livros, que você
deve ler o mais breve posível; peça aos seus pais para
comprá-los. São livros que irão instruí-la a respeito de como
deve ser a vida sexual de uma pessoa, ou casal.

Dr. Floresta pegou o receituário, anotou títulos, autores e
editoras de cinco livros, e passou a receita a Clara. Clara
aproveitou para perguntar:

- O que o senhor quis dizer com "mau passo"? Eu já ouvi essa
frase antes, mas nunca entendi o significado.

- Bem, já que tenho sido franco com você até agora, vou sê-lo
nisso também. Se você fizer sexo com um homem, você pode
engravidar. Se você fizer sexo e/ou engravidar de um homem que
não seja seu marido, e alguém fica sabendo, você vai ficar
falada, pode ser até expulsa de casa; e, nesse caso, só lhe
restaria a prostituição como meio de vida. Isso é um "mau passo",
fazer sexo sem medir consequências.

Vendo a expressão de dúvida e surpresa nos olhos de Clara, dr.
Floresta completou:

- Prostituta é aquela que faz sexo em troca de dinheiro, bens ou
favores. Em geral, é mal paga pelos homens e é obrigada a fazer
com qualquer um, não importa quão repulsivo o homem seja. É uma
ocupação horrível de ter, ainda mais por ser à margem da lei.

Clara refletiu sobre o que dr. Floresta lhe dissera, e se
assustou profundamente com a possibilidade de virar uma
prostituta.

- É por isso, Clara, que eu quero que você se informe, para
evitar que isso aconteça com você, por ignorância. Mulher nehuma
merece um destino assim.

- Eu... eu compreendo, doutor.

Seguiu-se um silêncio constrangido, por quase um minuto. Dr.
Floresta, então, olhou o relógio e quebrou o silêncio.

- Bem, Clara, está na hora de terminar a consulta. Já se passou
bem mais de uma hora, e seus pais devem estar preocupados.

Clara assentiu.

- Só um último conselho, Clara. - Dr. Floresta levantou-se, Clara
também - continue se masturbando, em segredo, claro, mas o quanto
quiser; faz bem à saúde, e é um presente que a Natureza lhe deu;
use-o.

Dr. Floresta abriu a porta do consultório, e imediatamente os
pais de Clara entraram, aflitos com a demora, e abraçaram Clara.
Ficaram os três conversando carinhosamente, os pais se
certificando de que sua filha estava bem. Dr. Floresta teve que
interrompê-los para falar.

- Aham! - Os três viraram-se para ele. - Desculpe atrapalhar, mas
acho que vocês esperam que eu dê as boas notícias. Sua filha é
virgem, e está com a saúde perfeita. O que falta a Clara é um
pouco de informação sobre os "fatos da vida", por assim dizer.

Sebastião e Anabela entreolharam-se, e Anabela corou. Ambos
sabiam que era sobre sexo.

- Por isso, eu prescrevi a Clara, não remédios, mas livros, que
ela deverá ler para se informar; recomendo que deixem Clara ler
todos os livros antes de vocês, para evitar quaisquer idéias
preconcebidas sobre seu conteúdo. Clara, por favor, mostre a
receita.

Clara, lembrando do que o médico lhe dissera, tirou da bolsa
somente a receita com cinco livros e a mostrou aos pais, que
leram.

Depois de ler, Sebastião indignou-se e disse:

- Mas isto é pornografia! Eu não admito...

Foi cortado pelo dr. Floresta.

- O senhor já leu estes livros, para poder afirmar que é
pornografia?

- N...não, nenhum. - Sebastião ficou desautorizado.

- Pois eu já li todos, e posso afirmar que não são pornográficos,
e são a leitura que sua filha precisa.

Sebastião e Anabela tiveram que se conformar; afinal, são ordens
médicas. Despediram-se do dr. Floresta e foram embora, levando
Clara consigo. De volta para casa, os três pararam numa livraria
e compraram os livros para Clara.

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