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Published: 27-Apr-2013
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Meu nome é Maria. Nasci em uma cidadezinha do interior. Morava em um barracão feito de barro, junto com minha mãe e meus seis irmãos. Meu pai havia falecido, e a partir daí, a nossa situação econômica que já era difícil, ficou pior ainda. Passávamos muitas necessidades. Minha mãe ganhava a vida trabalhando em uma fazenda na região. Porém o dono do local, o seu Miguel, não a pagava com dinheiro, mas sim com comida produzida na fazenda. Porém o que ela recebia não era suficiente para alimentar toda a família, e passávamos muita fome. De vez enquanto, o fazendeiro trazia roupas velhas de seus parentes da capital e dava para os trabalhadores. Essas eram as nossas únicas roupas, e eram bem escassas.
Um dia, quando eu tinha 9 anos, minha vida mudou radicalmente. Seu Miguel juntou os empregados falou:
- Meu irmão, que mora na capital, teve o seu primeiro filho. E ele e a esposa estão precisando de uma moça para trabalhar na casa deles, para dar faxina e ajudar a cuidar da criança. Alguém quer ir?
Diante das necessidades que passávamos em casa, minha mãe pediu para ele me escolher. Assim, eu saia dessa miséria, e tinha a chance de estudar na cidade. A família do fazendeiro aceitou, e assim mudei para a capital.
Passei a morar na casa do irmão do fazendeiro, ele se chamava Ramon. Sua esposa chamava-se Roberta. E batizaram o bebê de Fernando. Eles não eram ricos, mas tinham uma casinha arrumadinha e confortável, apesar de ser pequena. A casa tinha dois quartos. Um, do casal, e o outro eu passei a dividir com o bebê. Assim eu cuidava dele também durante a noite. Eu não tinha horário de trabalho, tinha obrigações o dia todo. De manhã, fazia o café e depois o almoço. E ainda arrumava a casa e cuidava do Fernando. À tarde, eu ia à escola. À noite, fazia a janta, lavava o banheiro e era a babá da criança. Eles não me pagavam, mas me davam comida, me deixavam estudar, e remédios quando eu adoecia. A única peça de roupa que ganhei uma camisa de uniforme da escola. Foi a primeira peça de roupa nova que usei na vida. Minhas demais roupas eram aquelas peças velhas que ganhei na fazenda. O que não era muito. Na minha mala (eram sacolas, na verdade) vieram duas camisas, um vestido, três calcinhase um par de meia. Eles me deixavam lavar minhas roupas apenas uma vez por semana, para não gastar muita água. Eu fazia isso aos sábados, mas só depois de ter lavado as roupas da família primeiro. E tinha que ser separadas, não podia misturar minhas roupas com a deles. Para minhas roupas durarem a semana inteira, eu tinha que repetir muitas vezes, até a calcinha, eu usava por dois ou três dias seguidos. Eu não tinha roupa de sair, mas também nunca saia para passear, ia apenas para a escola ou nos comércios do bairro comprar coisas para a casa.
Eu sentia muita falta da minha família, principalmente da minha mãe. Mas eu não podia negar que minha vida havia melhorado, não passava mais fome, e podia estudar. As pessoas com quem eu morava agora não me tratavam mal, mas não tinham nenhum afeto comigo. Tratavam-me como uma empregada. Tratavam-me melhor que eu esperava, por logo quando havia chegado, eles se apresentaram, e logo em seguida me examinaram, para ver se eu tinha alguma doença ou problema físico. Mandaram-me tirar o meu vestido e ficar de pé em frente deles. Olharam-me da cabeça aos pés e depois mandaram virar de costa para um novo exame. Fiquei muito constrangida por ser tratada daquela forma, e por ficar só de calcinha na frente de um homem. Nunca nenhum homem me havia visto assim antes. Depois mandaram-me virar novamente para frente e abrir bem a boca para verem meus dentes. Quando eu pensei que havia terminado, veio a pior parte: o Ramon se ajoelhou na minha frente e baixou minha calcinha até o joelho. Ambos olharam minha vagina bem de perto. Ele ainda mandou ainda mandou a esposa verificar melhor. A Roberta então colocou os dedos, um de cada lado dos meus grandes lábios e abriu, para eles poderem ver melhor. Meu rosto ficou vermelho igual a um pimentão, de tanta vergonha. Por fim, ela deu o veredito:
- A menina parece saudável. Só está precisando de um bom banho.
Depois de falar isso, o Ramon me mandou terminar de tirar a roupa e ir tomar banho. Terminei de tirar a calcinha, apanhei meu vestido no chão e fui andando nua, com as duas peças na mão até o banheiro. Minha vergonha foi tanta, que fui andando de cabeça baixa.
O único momento que eles agiam como meus pais, eram quando me batiam. Eu raramente apanhava, mas quando eles me batiam era forte. Só apanhava quando fazia alguma coisa que eles não gostavam, como por exemplo, o dia que quebrei um prato enquanto lavava as vasilhas, uma vez quando o bebê ficou assado, me bateram e mandaram trocar o Fernando mais vezes e o dia que briguei na escola, porque um menino caçoava das minhas roupas velhas.
Aliás, eu apanhei duas vezes por causa da escola, e as duas tinham a ver com minhas roupas. A primeira foi essa por causa da briga. Mas a segunda, foi pior. A professora mandou chamar meus responsáveis na escola. A Roberta foi. A professora disse:
- Estamos com um problema muito chato com a Maria. Ela está vindo para a escola com um cheiro desagradável. Eu conversei com ela, perguntando que tomava banho todos os dias. Ela disse que sim. Então, depois de conversarmos, descobri que o problema era outro: ela repete a calcinha muitos dias sem lavar. Então eu gostaria que a senha ficasse mais atenta a higiene pessoal dela.
Dessa vez, foi a Roberta que passou vergonha. Ela chegou em casa brava como um leão.
"Por sua culpa, passei vergonha hoje na escola" disse aos berros. Pegou o chinelo e começou a me bater. Depois mandou ficar de pé, como castigo, até o Ramon chegar. Quase uma hora depois, ele chegou. Ao me ver de castigo, perguntou o que aconteceu. A Roberta, ainda muito nervosa, respondeu:
- É esta menina aí. Hoje passei o maior constrangimento da minha vida. Fui chamada na escola, porque essa menina repete a calcinha até feder!
O Ramon ficou indignado com a vergonha que sua esposa foi obrigada a passar. E foi me olhar. Aproximou-se de mim, levantou a saia do meu vestido e com a outra mão abaixou minha calcinha e deu uma breve cheirada.
- É, realmente você devia ter vergonha que andar com uma calcinha neste estado.
- Mas Ramon, eu precisava de mais calcinhas, porque só tenho três!
- Como você é cara de pau menina! Minha esposa foi humilhada por sua causa, e você vem me pedir presente?!
Então eu perguntei "o que eu faço então?". Ele se aproximou de mim, com muita raiva, e puxou com apenas uma mão, e com muita força minha calcinha até os pés. Dizendo: "a partir de hoje, você só vai usar calcinha para ir para a escola. Assim que chegar em casa, você vai tirá-la e guardá-la para ir para a escola no dia seguinte!"
Com lágrimas nos olhos, eu tentei questionar, mas foi em vão. Peguei a calcinha e guardei para usar amanhã. E o pior era que eu não tinha um short se quer, era apenas vestidos.
E assim o tempo foi passando...
Continua...
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